Todos os membros da família têm o direito de pertencer.
Quando alguém é excluído, esquecido, rejeitado ou não reconhecido, outro membro pode, sem perceber, “representar” essa pessoa.
Isso acontece por lealdade invisível, como se disséssemos internamente: “Eu sigo você. Eu carrego o que você não pôde carregar.”
📌 Exemplo prático:
Uma criança que apresenta sintomas ou comportamentos estranhos, sem explicação aparente, pode estar inconscientemente dando lugar a alguém que foi excluído da família, como um tio não reconhecido ou um irmão falecido.
Na família, existe uma ordem natural: quem veio antes tem precedência sobre quem veio depois.
Pais vêm antes dos filhos, os irmãos mais velhos vêm antes dos mais novos.
Quando essa ordem é invertida, surgem confusões internas.
📌 Exemplo prático:
Um filho que tenta cuidar da mãe como se fosse seu companheiro pode carregar um peso enorme, perdendo a leveza de ser apenas filho.
Esse desequilíbrio pode se refletir em ansiedade, dificuldades de relacionamento ou sensação de não encontrar seu lugar no mundo.
Entre casais e relações horizontais, o equilíbrio entre dar e receber é fundamental.
Quando um dá muito mais e o outro recebe sem retribuir, a relação tende a enfraquecer.
Já entre pais e filhos, a dinâmica é diferente: os pais dão, os filhos recebem com gratidão.
📌 Exemplo prático:
Um casamento pode se desgastar quando apenas um dos lados “sustenta” a relação. Da mesma forma, filhos que não conseguem aceitar o que receberam dos pais podem se sentir em constante carência.
Essas leis, quando violadas, criam emaranhamentos sistêmicos.
Isso significa que vivemos destinos que não são verdadeiramente nossos, por lealdade ao sistema familiar.
Exemplos:
• Repetir falências financeiras como um avô que perdeu tudo.
• Sentir dificuldades em se relacionar após uma exclusão ou abandono na família.
• Desenvolver sintomas físicos como forma de manter viva a lembrança de alguém esquecido.
A Constelação Familiar é um método terapêutico desenvolvido por Bert Hellinger, que nos ajuda a compreender os vínculos profundos que nos unem à família e às gerações anteriores.
Muitas vezes, repetimos padrões de forma inconsciente — em nossos relacionamentos, na profissão, na saúde ou nas finanças — sem perceber que carregamos destinos, dores ou segredos de nossos antepassados.
A Constelação não busca culpados, mas sim ordem, consciência e reconciliação, para que a vida volte a fluir com leveza.
Além das constelações em grupo, também existe a possibilidade de um atendimento individual, utilizando bonecos, figuras ou objetos.
Nesse formato, cada boneco representa um membro da família, uma emoção ou uma situação. O cliente, junto ao facilitador, organiza esses elementos no espaço, permitindo que o inconsciente se revele.
É surpreendente perceber como, mesmo em silêncio, os bonecos mostram as relações ocultas, exclusões e inversões de papéis dentro do sistema.
Com ajustes e frases de solução, o cliente pode ver uma nova imagem interna, que traz alívio e reconciliação.
A Constelação Familiar não é apenas uma técnica, mas um caminho de consciência.
Ela nos convida a olhar para nossos pais e antepassados com respeito, a tomar a vida tal como chegou até nós e a seguir adiante em nosso lugar, sem carregar destinos que não nos pertencem.
“Eu vejo vocês, honro o que viveram e deixo com vocês o que lhes pertence. A vida que veio de vocês chega até mim, e eu a sigo com gratidão.”
Sua jornada para uma vida com mais movimento e menos dor começa aqui.
Muito estudo, dedicação, respeito ao próximo e coração. Amor e gratidão ao dom que temos em nossas “mãos”.
